terça-feira, maio 27, 2008

Poema da Discoteca

No pires rachado
Da mesa afamada
Jaz entre gorduras envinagradas
Uma folha de alface desprezada;

Fumo de cigarro q.b.
Barulho (instrumental e vocal)
Shut your big mouth!.
A “companhia “ de bejekas
Mais o relógio no fundo da sala
O fogão que se acende
Mais a agua que ferve,
Bêbados adolescentes dão á goela.
Propaganda nas paredes…

BEBA ISTO!
COMA AQUILO!
PROIBIDO FUMAR!

Agora reparo,
Se não houvesse
Guardanapinhos de papel
Onde é que eu limpava os beiços?....

Nisto chega a sandes
Fartinha, providencial
Papel, memória e tinta
Desbotam perante essa
Presença
Levemente afiambrada.

No meio deste ambiente
A um tempo dinâmico e dolente
Algo sobressai. É O PENSAMENTO.
FILOSOFICO? PSICOLOGICO? BANAL?
DUVIDAS? CERTEZAS? TUDO?
NADA? O TRIVIAL?

Reparo então num sorriso,
Concentro-me nesse olhar.
Medito…repito:
AFINAL QUEM ÉS TU?
EQUEM SOU EU!_

Bebo a cerveja e prossigo
E preciso sabermos
Comportarmo-nos com
Lisura em tal recinto.

Depois, consumo
Outro guardanapinho prático
E verifico como um minuto e rápido.


efeneto